Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de março de 2015

12 erros típicos de quem está há muito tempo no mesmo emprego

12 erros típicos de quem está há muito tempo no mesmo emprego

Andrezza Czech
Do UOL, em São Paulo
  • Getty Images
    Quem está há muito tempo no mesmo emprego pode ter a ilusão de que não será demitindo e, por isso, acaba se comportando inadequadamente no ambiente corporativo Quem está há muito tempo no mesmo emprego pode ter a ilusão de que não será demitindo e, por isso, acaba se comportando inadequadamente no ambiente corporativo
Depois de dez anos em uma mesma empresa, é comum que o profissional fique desmotivado, acomodado e esqueça que pode ser mandado embora. E é aí que surgem os problemas. "A acomodação é a mãe de todos os erros. Ela causa todas as falhas que podem levar à demissão", afirma a consultora de carreira e negócios Janaina Ferreira Alves, professora de gestão de pessoas no Ibmec do Rio de Janeiro. Veja, a seguir, quais os doze erros típicos que um funcionário antigo costuma cometer.
1. Fazer apenas sua obrigação
Para Janaina Ferreira Alves, um dos principais sintomas da acomodação é a falta de dedicação e paixão. "É comum que a pessoa entre no trabalho cheia de gás e, depois, comece a fazer as coisas mecanicamente", afirma. Segundo ela, um funcionário que adota essa postura fica limitado. "É uma armadilha que ele cria para si. O funcionário só será reconhecido, dentro ou fora da empresa, caso se destaque", diz Janaina.
2. Deixar de ter novas ideias
De acordo com a professora de administração da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) Ana Cristina Limongi-França, o motivo para este tipo de comportamento no trabalho é a desmotivação, originada tanto pela empresa, que não oferece novidades, quanto pelo funcionário, que não faz nada a respeito.
Para Tania Casado, também professora da FEA e coordenadora da FIA (Fundação Instituto de Administração), se você está em uma mesma organização há muito tempo, tome cuidado para não ficar com o olhar viciado, mesmo se considera que sua carreira está indo bem. "Se você conseguiu galgar outros postos, pode cair no erro de perder o contato com a inovação", diz Tania. "Esteja constantemente se aperfeiçoando para trazer respostas novas".
3. Não se atualizar
"Não cuidar do próprio desenvolvimento e esperar que a empresa faça isso é uma das piores decisões que um funcionário pode tomar", diz a professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Daniela do Lago. "Se a empresa oferecer isso, ótimo. Se não, deve partir de você. É preciso sempre estar atualizado, fazer cursos, se aperfeiçoar", afirma.
"Muitos funcionários antigos não são reconhecidos porque não fazem cursos, não desenvolvem competências", diz a consultora de carreira Janaina Ferreira. Segundo ela, se você fica um ano sem desenvolver novas competências, fica obsoleto. "Se tudo está mudando e a pessoa está há dez anos fazendo a mesma coisa, há algo errado", diz. Ana Cristina recomenda fazer quatro cursos por ano, mas não se assuste: valem cursos pela internet e de curta duração. "Isso estimula o profissional e mostra ao mercado e á empresa que ele tem interesse".

Ampliar

Dez sinais alertam que seu emprego está em risco; saiba quais11 fotos

1 / 11
Há demissões em massa na área em que você atua? Você está desmotivado? Seu trabalho está sendo constantemente criticado? Se as respostas forem "sim", chegou a hora de tentar reverter esse quadro se não quiser ficar desempregado. A seguir, especialistas apontam os dez maiores sinais de perigo. São eles: Erick Penna, consultor de carreira e palestrante, MBA em Gestão de Pessoas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas); Maurício Sampaio, educador, escritor e coach e Bibianna Teodori, coach e fundadora da Positive Transformation Coaching. Por Catarina Arimatéia, do UOL, em São Paulo Leo Gibran/UOL
4. Reclamar demais
É comum que funcionários com muito tempo de casa tenham o hábito de reclamar o tempo todo sobre a empresa, mas sem fazer nada para mudar de situação. "Eles podem achar que reclamar os torna importantes, e que, assim, mostram serviço. Além de ruim, este comportamento contagia os demais", diz Ana Cristina Limongi-França.
Para Janaina Ferreira, não se deve falar qualquer coisa no ambiente corporativo. "Só porque você está na empresa há muito tempo não significa que pode fazer reclamações o tempo todo. Você não sabe aonde o comentário pode chegar. Alguém pode distorcer o que foi dito", afirma.
5. Ser teimoso e inflexível
Depois de muitos anos em uma mesma empresa, é comum que o profissional pense que o jeito que ele desempenha as tarefas esteja sempre certo. E mais: chegue ao ponto de não aceitar ideias novas –e até de debochar delas. "É um erro pensar que as coisas não podem mudar só porque você agiu de um jeito por dez anos", diz Janaina. "Tenha flexibilidade para acompanhar a situação da empresa, para ouvir os colegas, ouvir críticas. Se o mercado muda, a empresa muda, mas eu não, sou eu o inadequado", diz.
6. Rejeitar funcionários novos ou formar "panelinhas"
Só se relacionar com os funcionários antigos mostra falta de percepção da importância do trabalho em equipe, afirma a consultora de carreira e negócios Janaina Ferreira Alves. Todos devem se integrar com os colegas novos". A rejeição costuma ser ainda maior se o novato chegar para um cargo de chefia. Quem já está na empresa pode se sentir injustiçado e rejeitar o novo superior. Mas Ana Cristina diz que é um erro esperar uma promoção por tempo de casa. "Não é uma fila. A medida é a competência".
7. Chegar atrasado ou sair mais cedo
Se há uma relação de intimidade com superior, o funcionário antigo pode pensar que tem abertura para chegar atrasado ou sair mais cedo do trabalho. "Como todos o conhecem, ele pensa que pode faltar, se atrasar, sair mais cedo. E, no fim, acaba sendo visto como alguém que não está comprometido. Com esse comportamento, dificilmente será reconhecido.
Getty Images

Leia mais em: http://zip.net/bgqZQK




sexta-feira, 20 de março de 2015

Como implantar o balanced Scorecard na pequena empresa BSC

Estas são algumas das minhas lições aprendidas em trabalhos de consultoria realizados em diversas empresas desde 1987, que hoje desejo compartir com você empresário, estudante ou amante da excelência na gestão do negócio.

I
mplantar um modelo de gestão como o Balanced Scorecard numa organização não é uma tarefa fácil, exige muita competência, habilidade com pessoas, perseverança e determinação. Principalmente quando se trata de uma pequena empresa que nunca teve a preocupação de melhorar seu desempenho para garantir sua permanência, e até para brigar com empresas já estabelecidas e de reconhecido sucesso, pela liderança do mercado.
Existe um erro primário em nossa cultura latino-americana, típica da Administração tipo bombeiro (apaga incêndios) que é querer resultados imediatos – pois nunca se “tem tempo” para preparar um bom planejamento. Nos países de primeiro mundo, as empresas determinam como mínimo dois anos somente para preparar e planejar qualquer mudança. É claro que eles têm recursos pra isso, mas nós deveríamos pelo menos ir treinando e aperfeiçoando o hábito de prever - eliminado a ação corretiva do apaga incêndios. Por outro lado, não deveria se esperar que a situação ficasse crítica para somente então realizar melhorias (ou mudanças) no desempenho da organização, como acontece na maioria das empresas do nosso continente. Lamentavelmente este é o principal motivo pelo qual 60% das empresas criadas fecham suas portas antes de completar os primeiros cinco anos de vida, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae. Isto significa 281.000 empregos que se perdem por ano.
Vamos comentar aqui de forma sucinta, as principais etapas, de algumas experiênciaslgumas que temos vivenciado na implantação de processos de modernização em algumas empresas. A maioria destes casos passaram por organizações focadas mais para a produção (voltada para dentro), outras para planejamento de marketing, planejamento estratégico, migrando para gestão pela qualidade total e definição e implementação de indicadores para avaliação da performance do negócio, o que podemos chamar de introdução ao Balanced Scorecard.
Para iniciar este processo, é preciso dispor da aprovação e participação direta do líder principal e da diretoria no processo de melhoria do desempenho da organização. Sem este comprometimento com a melhoria dos resultados e a busca pela excelência na gestão, não só da diretoria como dos gerentes e mandos médios; fica muito difícil qualquer iniciativa.
1ª etapa. Uma das primeiras providencias a ser realizadas ao criar um negócio é o sistema de informação e controle da situação financeira e de custos, que permita apurar, acompanhar, avaliar, corrigir e prever a saúde financeira do negócio. O ideal seria que esta apreciação já viesse desde a elaboração do Plano de Negócios. Esta visão deve ir além do simples conhecimento de que as contas estão sendo pagas em dia e ainda sobra um saldo no final do mês.
Em outras palavras, é necessário que estejam claramente identificados e em funcionamento os principais fatores (internos e externos) que influenciam para alcançar os resultados financeiros que garantam a sobrevivência da organização e gerem recursos suficientes para investir no seu crescimento. Esta primeira etapa é fundamental no desenvolvimento de qualquer organização produtiva, a qual leva de um a cinco anos aproximadamente para ser digerida pelos membros.
2ª etapa. Uma vez estabelecidas o sistema de controle e as rotinas básicas que consideram as necessidades do cliente, a motivação e comprometimento dos membros da organização, os processos internos e as formas de fazer as coisas acontecerem, incluindo o desenvolvimento das competências; está na hora de iniciar um processo de planejamento estratégico, considerando as fortalezas, aquilo onde a empresa é excelente, as debilidades (variáveis internas), assim como, as oportunidades que o mercado oferece (significa estar ligado) e possíveis ameaças, ou seja, o que pode dar errado e como poderíamos agir nesses casos?
Em outras palavras, para concorrer com eficácia (e eficiência) neste mercado globalizado e cada vez mais exigente; é preciso considerar não somente as variáveis internas, como as externas, desenvolvendo as habilidades de se antecipar e conseguir tirar proveito das mudanças que acontecem diariamente. A medida que o temor pelas mudanças vai sendo substituído pela paixão pela prevenção, a visão (e percepção) se amplia e se aprofunda gradativamente, resultando em desenvolvimento da criatividade, da inovação, comprometimento e em melhores ganhos. Tudo isto comandado pelo líder principal e sua equipe.
3ª etapa. Percebemos de que não podemos perder muito tempo no planejamento. A velocidade das mudanças é muito grande e a organização deve faturar, ao mesmo tempo em que pratica sua flexibilidade, se adequando rapidamente às mudanças que estão acontecendo. Isto me lembra de uma frase do personagem de Roberto de Niro, no filme Wag the dog, que diz: “Vale mais um plano bom hoje do que um excelente amanhã” (quando a oportunidade já passou); ou seja; não é necessário que esteja tudo 100% para arrancar com as melhorias. Com 40 ou 60% já dá para iniciar, o restante, vai se criando no caminho, ao mesmo tempo em que se coloca para funcionar.
Em outras palavras, percebemos de que as maiores dificuldades não estavam na fase de planejamento e sim na sua execução. Nesta etapa do processo de melhoria a maioria das empresas acaba desistindo e abandonando os avanços já conquistados, voltando à estaca zero. Sentimos de que faltava uma metodologia de gestão mais eficaz para a execução da estratégia.
4ª etapa. Num determinado momento do processo de modernização da gestão da empresa, sentimos de que para termos resultados garantidos precisávamos da participação de todas as pessoas. Uma das questões debatidas foi: em que proporção influi a satisfação do cliente nos resultados financeiros que buscamos? e até que ponto os membros da organização participam nesta satisfação do cliente? Ninguém poderia ficar de fora. Todos eram importantes, principalmente aqueles que ofereciam resistência por alguma razão até o momento desconsiderada.
Em outras palavras, foi preciso elaborar e implementar mecanismos de divulgação e endomarketing um a um; resultando em programas de conscientização, participação na definição de estratégias e metas e definição de incentivos em todos os níveis da organização. Foi nessa etapa que iniciamos o programa de avaliação de desempenho, com foco no cliente interno, valorizando aqueles que se esforçavam e eliminando alguns outros.
5ª etapa. A etapa anterior foi decisiva para perceber que precisávamos mais do que uma simples avaliação de desempenho, precisava de um processo de melhoria continua em diversas dimensões.
Principalmente na gestão dos processos internos. Uma pergunta interessante que surgiu numa das reuniões da equipe gerencial foi: como identificar as áreas e processos que contribuem significativamente para os resultados da empresa e em qual medida? Foi ai que sentimos a necessidade de mergulhar mais fundo na gestão de processos. Tratava-se da melhoria das habilidades e competências das pessoas e do sistema de gestão, em função das necessidades de melhoria dos processos internos indispensáveis para alavancar os negócios.
Em outras palavras, estávamos iniciando um processo de melhoria da qualidade, onde a integração e a soma das partes é maior do que o conjunto e cujo foco passa a ser o encantamento do cliente, através do gerenciamento de cada contato deste com a organização.
6ª etapa. Uma vez em movimento o processo de melhoria da qualidade, sentimos a necessidade de elevar o nível das lideranças. Esta percepção nasceu do questionamento: quem é que garante o cumprimento dos objetivos e que estes são realmente os idôneos neste momento para a organização? A missão do negócio, assim como as principais diretrizes e pressupostos dos mandos médios e membros da organização, nascem da visão do líder principal. Se este não tiver claro onde, quando e como chegar, vai ficar difícil para a organização alcançar algum objetivo. É preciso descrever com clareza qual o negócio do qual participa, caso contrário não terá como mensurá-lo e se não consegue medir, não terá como gerenciá-lo.
Em outras palavras, é preciso saber se as estratégias em andamento contribuem de forma positiva para ações preventivas e corretivas oportunas, valorização das pessoas, compartilhamento dos conhecimentos e comunicação com o cliente; que busquem a excelência e a liderança do seu segmento de atuação.
7ª etapa. Neste nível na busca pela excelência, foram iniciados trabalhos para definir alguns indicadores de desempenho. A tendência inicial nesta etapa é copiar os indicadores de outras organizações semelhantes, por sorte, esta determinação durou pouco tempo, logo a diretoria compreendeu de que poderíamos definir dois tipos de indicadores: os tradicionais e popularmente conhecidos e os especiais, que fariam a diferença da organização no segmento onde atua. Concomitantemente conseguimos expandir nossa visão identificando indicadores não só na área econômica e financeira, como também em outras áreas como: comunicação com o cliente, satisfação do cliente interno, contribuição e implementação de sugestões, melhorias nos processos, diminuição de custos e valor percebido pelo cliente.
Em outras palavras, descobrimos de que para gerenciar é preciso medir. Sem a mensuração tanto dos aspectos tangíveis como intangíveis é praticamente impossível avançar na busca pela excelência na gestão. Descobrimos também de que os sistemas de apuração de custos tradicionais (custeio por absorção e custeio variável entre outros), não contribuem para a melhoria do desempenho, por tanto, implementamos o ABC (ou seja O custeio baseado em atividades) de autoria do professor Robert Kaplan. É o sistema de custeio mais indicado para quem deseja desenvolver o BSC na sua organização.
8ª etapa. Nesta etapa o desenvolvimento das habilidades pessoais passou a ser a principal exigência do processo de melhoria. Foram criados programas de educação e treinamento para as diferentes equipes, reuniões periódicas e avaliações. Não demorou muito para perceber de que os programas de capacitação e treinamento do pessoal não poderiam ser isolados e arbitrários. Era preciso toda uma análise de causa e efeito, baseado nas principais estratégias da organização que orientassem quais competências, habilidades e conhecimentos eram necessários desenvolver.
Temos observado em algumas organizações (de grande porte inclusive) que dizem estar implantando um modelo de gestão baseado no BSC, cair neste erro. O BSC não é um sistema de informação gerencial unicamente, ele vai além disso, é um processo de pensamento, diálogo e reflexão estratégico, cujo objetivo principal é o desenvolvimento das competências necessárias para chegar o mais perto possível da excelência. Outra lição aprendida nesta etapa foi a de que os indicadores não poderiam ser estáticos, eles devem evoluir de acordo com o nível de competitividade da organização.
9ª etapa. Alguns empresários ofereceram significativa resistência às mudanças, tem dificuldades para sair da “zona de conforto” e experimentar novas maneiras de liderar, chegando ao ponto de insinuar de que o BSC pode ser utilizado para impor objetivos, pressionando os funcionários na consecução de metas; quando na realidade deveria ser utilizado para incentivar a participação de todos os membros da organização na criação e realização das estratégias. Em outros casos, foi detectado certo comodismo por parte da direção, se exonerando da responsabilidade pelas mudanças, inclusive através do exemplo, e querendo transferir essa responsabilidade para o consultor. Este na realidade é apenas um facilitador, quem, ao mesmo tempo em que planeja e orienta na execução, transfere tecnologia (conhecimentos práticos) para as lideranças, até por que são eles que darão continuidade ao processo de melhoria na organização.
As etapas e processos aqui comentados não têm necessariamente que serem executadas de forma seqüencial. Algumas podem (e até devem) ser desenvolvidas simultaneamente. O importante é o reconhecimento e a importância de cada uma delas na escala evolutiva de uma organização produtiva. Conhecemos algumas empresas que agora estão iniciando a implantação do BSC com satisfação, mas por que já tiveram a experiência do planejamento estratégico, da gestão pela qualidade total ou certificação da ISO. Agora, não conhecemos nenhuma que tenha implantado uma ferramenta de gestão como o BSC, sem antes ter experimentado esse amadurecimento na gestão do negócio. Por outro lado, as etapas aqui comentadas foram vivenciadas em diferentes organizações e não necessariamente em uma empresa só, além do que o número atribuído a cada etapa varia de empresa para empresa, dependendo da habilidade de seus líderes e sua idade no ciclo de vida como organização.
É importante ressaltar de que cada uma destas etapas precisaria de pelo menos umas 50 paginas para descrevê-la com algum detalhe, se desejássemos que fosse viável de ser compreendida. Mas não é esse nosso objetivo. Nosso propósito inicial é mostrar como é complexo e trabalhoso o desenvolvimento de uma organização que está determinada a conquistar a liderança no seu segmento de atuação. Por tanto, não desanime, seja perseverante e desenvolva sua auto-motivação, tendo certeza de que cada erro no processo de melhoria continua, contribui para fortalecer e ampliar as lições aprendidas, base do crescimento sustentável.
Se sua empresa já passou ou está passando por estas etapas, pode ter certeza de que está preparado para implantar o Balanced Scorecard (BSC) na sua organização com certa garantia de sucesso. Digo “certa garantia” por que as variáveis que influenciam são muitas, além do que estão em permanentes mutações. Por outro lado, se ainda não experimentou pelo menos 50% destas etapas, aconselho não arriscar, pois o mais provável é que vai ter uma decepção e ainda vai perder dinheiro. Lembre-se de que a natureza não dá saltos. Outra precaução não menos importante é que se pretende contratar um profissional externo para orientar a organização nesta jornada, confira os trabalhos já realizados, sua habilidade como consultor de gestão e sua estrutura operacional. Tem muitos amadores no mercado.
Por último, as quatro perspectivas do BSC de Norton e Kaplan são apenas um modelo genérico básico. Um bom consultor vai criar as perspectivas adequadas ao seu negócio e ao momento que está vivendo. Nenhum sistema nasce perfeito e nem é aplicável a todo tipo de empresa. No mais, gostaríamos de receber seus comentários, criticas, alguma experiência que deseje compartilhar ou alguma sugestão.
(*) Federico Amory. É consultor e educador de gestão, especializado em reestruturação organizacional de empresas. Publicado em http://www.empresa-eficaz.com.br e no Jornal do Comércio. Mail to: amory@empresa-eficaz.com.br.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Quatro estratégias bizarras para a guerra que deram certo

Serpentes a bordo
Após perder a guerra contra Roma, o general cartaginês Aníbal se exilou e comandou as forças armadas do rei Prúsias, da Bitínia. Numa batalha naval contra um reino adversário, Aníbal mandou atirar vasos cheios de serpentes venenosas em navios inimigos para pôr as tripulações em pânico.

Orelhas cortadas
O nobre Zopirus, a serviço do imperador Persa Dario, o Grande, mandou que cortassem suas próprias orelhas e nariz para se infiltrar na Babilônia fingindo ter sido expulso pelos persas e pedindo para se juntar aos babilônios. Estes caíram na armadilha, e logo que pôde Zopirus abriu os portões para Dario.

Fogueiras enganosas
Séculos antes de Cristo, dois generais de estados chineses rivais, Pang Chuan e Sun Pin, se enfrentaram. Sun Pin ordenou que seus soldados fizessem cada vez menos fogueiras para cozinhar noite após noite, o que levou Chuan a crer que o exército adversário minguava. Resolveu atacar, mas foi emboscado por Pin e derrotado.




Telegrama da discórdia
Para unificar os estados do Sul da Alemanha, que estavam sob influência francesa, a raposa política Otto von Bismarck editou um telegrama diplomático do rei da Prússia para a França, supostamente recusando pedidos daquele país. Os franceses declararam guerra (era o queria).

Fonte Jornal O Globo.

Hoje em dia as Empresas devem ousar, estas estratágias que parecem loucas deram certo, em muito casos nas organizações aquilo que parece improvável é a fonte da salvação.